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domingo, 8 de agosto de 2010

Tempestade.

Ele disse que queria passar o resto da vida dele ao meu lado... Disse que queria se casar comigo, que queria ter um futuro comigo.
Recordo-me de tantas vezes ele me lembrar, que ele é meu. Totalmente meu. Que não tem mais como provar isso, não tem mais como dizer isso, isso que se torna tão vago e repugnante.
Tamanha dor, de que palavras podem ir embora com a brisa, e uma tempestade podem fazê-las desparecer.
Eu tenho medo; Tenho medo de me doar novamente, doar meu corpo, minha alma, meu coração... Por causa de palavras... E a tempestade faça minha vida a voltar do zero... Mas com grandes e dolorosas cicatrizes e novas feridas feitas.
Embora essas pareçam ser as mais novas sinceras palavras, um passado marcado de dor parece estar sempre batendo a sua mente e a cada palavra bonita, a cada sinceridade, ele parece estar martelando em sua mente, tentando mudar sua opinião falando que vai acontecer tudo novamente... Mas se eu sei que isso é verdade, ou provavelmente... Porque me arriscar tanto dessa vez? Porque me doar tanto? Porque te querer, te amar, te desejar tanto? O que tens demais em seus olhos castanhos que me fazem corroer de felicidade quando os vejo brilhar, e esse sorriso torto e alegre, envergonhado quando me ver rir, porque ele me ter uma paz indescritível? E porque essa pele morena, me faz sentir uma necessidade de tê-las semprenas minhas? Eu quero ser metade de você, quero ser sua alma, seu coração. Quero entrar em você, quero ser sua mente, seu amor, seu perdão. Quero ser sua vida, sua injustiça, sua razão. Quero ser você, e ter você em mim... Quero que sejamos um só em dois.
Enquanto estou longe, me sinto perdida, me sinto sem chão... Sempre falta algo, um sorriso, um olhar, um carinho... E involuntáriamente, caí uma lagríma, sempre quando me pego pensando em tudo que aconteceu, que já passou...Mas é uma lágrima vinda de um sorriso, pois, apesar de palavrassão levadas com tempestades, um padaço do corpo grudado ao seu, sempre estará contigo aonde quer que vás, e eu sei, que tenho um pedaço seu comigo. Involuntariamente somos um só... Não completos, mas já somos um só.
Quero continuar pensando "nisso" como algo bom. Por mais que tudo faça com que isso desmorone, nós somos uma muralha e nós sempre, vamos reergue-la, pois, o que temos aqui, a tempestade não vai derrubar.