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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Game over.

Por onde começar se tenho tanta coisa a falar sobre a minha estadia aqui na casa escola?
HMM, já se passaram 6 anos desde que eu entrei aqui e parece que já foram mais de 10.
Os melhores momentos e melhores amigas eu fiz aqui. Melhores conselhos e melhores professores. Encontrei pessoas essenciais para a minha vida e o meu desenvolvimento.
4º ano foi aí que comecei.
Era tudo tão novo, tudo tão legal! Logo quando cheguei em sala de aula fui recebida por Gabriela Bandeira e Brenda Borges. Uma dela mais que essencial para mim até hoje na minha estadia na Casa Escola. A professora era Conceição. Ela era linda, dócil, gentil, meiga e totalmente paciente. Ela fez com que a cada dia, cada aula, cada momento na casa escola fosse especial e a cada minuto eu queria ficar mais aqui.
Todos os dias era uma luta para poder ir embora... Todo o dia era:
- Mãe, me deixa ficar mais 30 minutos? Por faaaaaaavor!
E todos os dias no final das aulas eram assim. E foi assim até o 7º ano.
E no meio deste ano eu conheci Tainá. Tainá Riveros Canto. Ela se tornou a minha melhor amiguinha, eu era carne e unha com ela, quando dava. A gente não estudava na mesma sala, quer dizer ela era do turno matutino e eu do vespertino. Conhecemo-nos em uma Fábrica de Biscoitos... Foi um passeio de toda a 3ª série!

5º ano foi aonde começou tudo;
E aonde tudo começou a desmoronar.
Nossa sala teve que se mudar para a manhã e para nós do 5º ano isto era um desastre, era um horror! Odiávamos as pessoas da manhã (algumas) e isto para gente, era como ficar cara a cara com nossas “rivais”.
Nós entramos na manhã com NOSSO grupo, a gente não nos comunicávamos com ninguém além das pessoas de nosso grupo. Mas, as meninas foram chegando com jeitinho e pegando a nossa amizade... Era estranho no começo porque a gente não gostava delas, mas depois a gente ficou amiga e ficamos todas juntas.
A gente conheceu pessoas ótimas também, pessoas mais velhas... Como Ayanne, Victor Morbin, Daniel Góes, César, André, Daniel e muito mais!
A gente ficou muito amiga dessas pessoas, principalmente eu e Gabi Bandeira. Nós éramos bem diferentes das meninas da nossa sala.
As nossas professoras neste ano não poderiam ter sido as melhores. Foram: Jeane; Ela teve que sair e então... Entrou: Rosana. Rosana ela teve que sair também, licença de maternidade. E então, entrou Guette. Logo no finalzinho do ano, mas isso não faria com que ela fosse menos especial do que as outras!
Logo então começou o 6º ano.
Nossa, esse ano foi uns dos melhores anos meus aqui na casa escola.
Eu conheci mais as pessoas que tinha conhecido do 5º, pois agora nossos intervalos eram em mesmo horário e tudo mais. Então fazer amizade era bem mais fácil. E, nada de pré conceitos porque eram mais velhos, pelo contrário, eles nos receberam de braços abertos mesmo. Quase todas as pessoas do Ensino Fundamental II eu era amiga, colega... Ou falava (não posso falar conhecida porque todos conheciam todos aqui na escola). Foi neste ano que eu conheci os melhores professores que já tive: Edivan: O melhor professor de matemática que eu já tive em minha vida. Josenildo: O mais chato de todos os professores... Mas eu o aturava, mas eu sabia que ele era chato para o meu bem. Adriana: A malvada. Todos tinham medo dela, dela não, das broncas dela. Rosana: A nossa professora no 6º ano de Geografia. E até uns meados do 7º ano. Ela era legal, bem calma. Alex: Alex, Alex, Alex... O Belo! Ele entrou e foi o mais engraçados de todos os professores, sempre bem humorado e bem distraído! E pode ter certeza que tiveram vários outros que irei somente citar o nome e alguns que irei citar no final desta história... Quer dizer, biografia escolar! Ainda tem: Jorge, Karla, Vaneise, Itanete e vários outros que não me vem a cabeça agora.
7º ano foi bem legal.
O 7º ano foi o MELHOR ano.
A nossa turma era A turma revoltada. Neste ano de 2007 foi bem perturbador, pois entrou o novo método do colégio e não sabíamos que iria ser implantado em nossa sala, nada comunicado, nada mesmo, quando chegamos à sala de aula logo depois do carnaval, tinha uma divisória entre a sala do 6/7º ano e comunicaram “O novo método vai ser implantado para todo o Ensino Fundamental II” nós nos revoltamos porque era uma coisa diferente e nova para a gente, uma coisa que não sabíamos como lidar, não sabíamos como iríamos encarar aquilo e a única maneira que conseguimos foi encarar isto de frente e tentar ver como seria dali pra frente. Para piorar a situação, chegou um professor de história novo: Wagner. Ele era o pior dos piores. Ninguém o agüentava, não só por causa do seu jeito horrível de falar com as pessoas e a sua ignorância estúpida, mas também pelo seu mau odor. Ele fedia e isto passava por toda sala. Nossa turma não aprendeu nada em história no 7º ano, pois toda vez que tinha aula dele, íamos para a coordenação ou então ficávamos conversando a aula inteira, claro que tinha aquelas pessoas que estudava por causa, que tinham medo da coordenação, mas eu, de fato, não fazia parte desse “grupinho comportado”.
8º ano.
Não foi o melhor ano na casa escola, mas também não foi o pior. Mas foi o meu melhor ano.
Foi o ano que eu conheci o menino que mudou a minha vida e ele faz muita diferença até hoje.
Na verdade, conheci vários meninos que mudaram a minha vida. Foi no 8º ano que eu conheci a Margot e virei mais que amiga da Julia, minhas grandes amigas até agora e quem sabe, até o dia em que eu não poder mais estar ao lado delas. Eu conheci Pedro Gentil, Lucas Matheus, João Pedro... Eles viraram grandes amigos. Eles me fizeram rir e algumas vezes chorar de raiva. Mas os momentos que iram marcar serão sempre os de risos e gargalhadas. O 8º ano foi o MEU ano. O ano que eu me descobri, e mostrei este meu eu para as pessoas. Foi ótimo, bom, perfeito! Não poderia ter sido melhor. Eu fiz muitas amizades e também fiz inimizades.
O 8º ano foi o ano que eu estudei com a minha vizinha/conselheira, e que eu conheci pessoas que eu vou levar comigo pelo resto de minha vida. Este ano eu me concentrei bem nos estudos apesar de várias coisas. Notas subiram e boletins ótimos, claro... Matemática as vezes ficava na mesma. Mas objetivos indo a tona e eu ficava cada dia mais feliz com meu desempenho e ver a minha tutora falando “Parabéns! Continue assim!”
Agora, estou no meu último ano e nunca pensei que iria ficar tanto tempo em uma escola e que me apegaria tanto a algumas pessoas que tem aqui. Também, não saberia que teria tanto medo de sair daqui algum dia, não digo medo.. Mas, eu tive os melhores... Não os melhores, mas uns dos melhores momentos da minha vida, com pessoas inesquecíveis. Nunca me imaginei fazendo este texto algum dia, nunca me imaginei também pintando a parede da sala de artes, nem estudando química, física e biologia com Jorge... Nunca pensei que estaria tendo a tão esperada aula da saudade de toda a turma do nono ano que se passa pela casa escola... Nunca pensei poder me sentir tão acolhida por uma escola como me senti aqui, a partir do primeiro dia, até o dia em que eu deixar, deixei aqui. Para sempre, todos os momentos ficaram guardados em meu coração.
Eu deixei o final para falar de alguns professores e funcionários que fizeram toda a minha história na Casa Escola, toda a minha estadia aqui, todo o meu conforto e toda a minha vontade de viver cada dia mais aqui. O primeiro vai ser Robério: De fato eu não tenho palavras para poder descrevê-lo. Robério era quem me dava atenção quando eu vinha para o Vôlei, era ele que me contava os babados do colégio e que vinha conversar comigo e que me dava apoio e consolando falando “vai dar tudo bem, o tempo vai curar”. Robério fez com que meus dias fossem mais animados quando eram tristes e fez com que os felizes se tornassem cada minuto melhores. Só de ver o sorriso dele na hora da entrada falando “Bom dia, Bruna” com aquele sorriso que contaminava todos... Era tudo que eu precisava ouvir e ver que eu tenho um exemplo de força e determinação para eu continuar vivendo meus sonhos e continuar sonhando, porque se você quer de verdade você consegue. Tudo isso era o que ele me transmitia.
Jorge, eu não sei como falar sobre ele, falar como ele é importante para mim em todos estes anos que eu passei aqui na casa escola, em todo este tempo de 6 anos e de que em quatro, ele pode me fazer super bem. Ele era aquele professor que todos amavam e que tínhamos certeza que esperávamos ansiosamente por cada aula, porque sabíamos que as aulas mais engraçadas e produtivas eram as deles, eu não sei o porquê dele ser tão especial para mim, não sei se é porque ele é professor de biologia e é uma área que eu gosto muito e me identifico muito também, ou se é visto que ele sempre está de bom humor e está sempre sorrindo para todos que passam e sempre com seu jeito brincalhão de ser... Ou então, pode ser por esses dois fatos que o fazem ser o professor mais perfeito que já tive. Eu só tenho que dizer obrigado por todas as broncas e por todas as coisas que ele já me ensinou e todas as lições de vida e ambientais que hoje eu tenho graças a ele.
Sinceramente eu vou falar da pessoa mais importante que entrou na minha vida depois que entrei na casa escola, Guette. Eu não consigo encontrar palavras nem clichês para definir ela e quanto eu a amo... Eu não sei dizer, mas ela se tornou praticamente a minha segunda mãe... A pessoa que eu sei que vai me escutar quando eu estiver com um problema e uma pessoa que eu sempre admirei. Saber que Guette sempre esteve ao meu lado todo este tempo só me deu forças para continuar a lutar pelos objetivos atrasados e dar a volta em lágrimas corridas... Ela além de minha professora e tutora, era minha confidente, minha amiga, minha segunda mãe. Eu ainda estou tentando encontrar palavras para defini-la... Eu também só tenho a agradecer sobre todos os sorrisos depois de brigar comigo e de todos os conselhos que sempre deram certo com meus “casinhos amorosos”. Eu só tenho é mesmo que agradecer por todo este tempo e só dizer que eu amo muito e com certeza é a pessoa que eu mais irei sentir falta quando sair daqui. Não digo falta nem saudade, é mais do que isto... Vai ser para sempre, uma ferida que irá ficar dentro do meu coração, apertando, toda vez que eu pensar nela, ou falarem algo sobre ela. Eu não tenho como medir meu carinho, amor, compaixão ou algo enorme que exista dentro de mim por ela... A única coisa que eu sei é que a amo, muito mais do que ela mesma possa imaginar.

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